terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Nem tudo são flores quando falamos de amor!

Um dos sociólogos mais respeitados da atualidade, Zygmunt Bauman, em uma de suas obras, "Amor Líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos", explica que os vínculos humanos são de uma natureza misteriosa, composta pelo sentimento de insegurança e de desejos conflitantes, que confundem seus protagonistas ao apertar os laços e ao mesmo tempo mantê-los frouxos. Em outras palavras, Tessarioli afirma que "não existe uma fórmula mágica!" e constata que "as relações terminam porque às expectativas de um ou de ambos não foram atendidas", colocando em questão a forma como avaliamos as relações a partir de uma perspectiva bem superficial, o lado bom da história!

Segue abaixo mais uma parte da entrevista com o psicólogo Paulo G. P. Tessarioli ao blog "eu só queria um café" sobre o fim de uma relação amorosa e se é possível ser amigo do ex., confira!

Ruleandson: É raro que a decisão de terminar a relação surja ao mesmo tempo nos parceiros, geralmente um não está satisfeito, não ama mais e o outro ainda ama. Como avaliar se ainda vale a pena tentar novamente?

Paulo Tessarioli: A forma como cada pessoa avalia o que sente é muito particular. Crises de desejo sexual, de afeto ou de admiração não podem servir de parâmetro para avaliar uma relação de afeto. Uma relação a dois, para que exista de fato, pressupõe que seja construída a quatro mãos e por isso mesmo não deve desabar facilmente.

Ruleandson: Nem todo fim é amigável. É possível ser amigo do ex?

Paulo Tessarioli: Todo fim necessita ser aceito! Possível até é, mas é necessário? Quando a relação com o ex deixa filhos é importante para os filhos que esta relação seja amigável, mas mesmo assim não precisa ser amigo do ex.

Ruleandon: Se a pessoa ainda ama o ex, continuar a amizade não pode alimentar esperanças de uma volta e levar ao sofrimento?

Paulo Tessarioli: Sim e com um agravante, a não aceitação do fim pode se transformar num trauma.


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