quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

São Paulo fazendo a sua parte: CADS lança campanha contra homofobia

A ideia da campanha é articular variados setores da sociedade na luta contra o preconceito e a favor da diversidade sexual.

A Secretaria de Participação e Parceria (SMPP), acaba de lançar, por meio da Coordenação de Diversidade Sexual (Cads), a campanha: São Paulo na Luta Contra a Homofobia.

Inspirada no projeto que criou o laço vermelho utilizado na luta contra a Aids, a Cads fez uma revisão do selo publicitário para a campanha paulista.

A idéia do laço já foi usada na cor amarela pelo movimento de proteção aos Direitos Humanos e na cor verde por ativistas ambientais. O lilás apoiou a luta das vítimas contra a violência urbana e a cor azul enfatizou os direitos das vítimas de crimes e mais recentemente está sendo usado em campanhas prol à liberdade na internet.

Para o coordenador-geral do órgão, Franco Reinaudo, o laço contém variados significados e o da tolerância à diversidade é certamente um deles.

Confira a revisão da identidade feita para o movimento LGBT e acompanhe as novidades da campanha pelo Facebook e Twitter da Cads.

O Programa "Affair com Você" apóia esta campanha, num momento em que ela é muito necessária.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Dor de cotovelo agora, também é virtual!

Já falamos aqui da fragilidade das relações humanas ao citar Bauman, da natureza misteriosa que compõe os vínculos humanos, gerando dúvidas quanto ao que fazer: devemos apertar os laços ou mantê-los frouxos? Em outras palavras, quando as pessoas vivem uma relação amorosa, ou até mesmo uma amizade, surge a dúvida: “devo pegar no pé?” ou “deixar para ver no que vai dar”? “Ligo para saber como está?” ou “aguardo mais um pouco, para não parecer que estou cobrando algo”? Em tempos de Internet, principalmente com a febre das redes sociais (Facebook, Orkut, Badoo e tantas outras), ficou ainda mais difícil responder a tantas dúvidas sobre relacionamentos, pois os meios de comunicação (computador, celular, etc.) proporcionam uma liberdade nunca antes imaginada. Porém, mais um questionamento: será que estamos preparados para lidar com esta tal liberdade?

Segundo Valdemar Setzer, Pesquisador e Doutor em Ciências da Computação, os meios eletrônicos, em especial o computador e a Internet, são instrumentos fundamentais no processo de degradação completa da dignidade humana. Parece muito radical, não é mesmo? Porém, quem está antenado com toda esta tecnologia e “vive no mundo virtual”, já deve ter percebido que por lá as coisas não estão nada fáceis! Setzer afirma que os “computadores são máquinas fascinantes”, mas “são muito perigosos”, porque simulam pensamentos restritos, é uma “máquina abstrata”, o computador “é alienado da realidade” e “induz a uma indisciplina mental”, porque não trabalha com materiais físicos, apenas com dados, pensamentos lógico-matemáticos, não restringindo fisicamente as ações de seus usuários.

“A Internet”, analisa o pesquisador, “pode ser uma manifestação de uma das possíveis atitudes negativas dos seres humanos: adiantar o futuro antes que estejamos maduros para isso”. Nesse sentido, Paulo G. P. Tessarioli, Psicólogo e Especialista em Terapia de Casais, Famílias e Grupos, acredita que muitas pessoas “colocam o novo, aquilo que está aí surgindo, dentro de sacos velhos”, em outras palavras, é o mesmo que dizer: agir no mundo virtual, que é algo novo, com padrões de comportamento típicos do mundo real. Em entrevista à revista “7dias”, sobre “Dor de cotovelo virtual”, Tessarioli comenta que “as pessoas se comportam como antigamente. Geralmente quem sente ciúmes virtual é quem também leva os fatos do mundo real para a Internet".

Setzer comenta que a liberdade é essencial ao ser humano, “só que ela só faz sentido se usada com critério e responsabilidade. Temos uma grande dúvida se a humanidade chegou ao ponto de poder contar com algo que envolva uma liberdade irrestrita”. Carolina Lima, que é estudante e uma das mulheres entrevistadas pela “7dias” confessa que vasculha a vida virtual do namorado, “já brigamos muito. Sei que é errado, mas é viciante, Ele já me traiu, perdi a confiança. Acesso seu Orkut para saber com quem se relaciona”. Tessarioli contesta: “É uma grande invasão de privacidade. Não existe traição virtual. E do mesmo jeito que ela se relaciona na internet, ele também tem esse direito”. Como podemos acreditar que existe traição virtual? Traição é a quebra de um pacto. Existem pactos virtuais?

Sobre ciúmes on-line, o Psicólogo se lembra de Bauman e afirma que "os vínculos humanos são frágeis. Não é a internet que deixa as pessoas neuróticas. Esse comportamento já faz parte da personalidade de cada um". Nesse sentido, Valdemar Setzer sinaliza outro problema, “a Internet exige um enorme esforço de autocontrole… É preciso muito critério para uma pessoa concentrar-se e buscar apenas o que lhe é útil, não ser atraído por baboseiras perniciosas”, como vasculhar a vida virtual dos outros, sendo que muitos “varam a noite ligados à Internet, sem um proveito mínimo”, conclui o pesquisador.

Para terminar, durante a entrevista, Tessarioli ressaltou que estamos na “era das conexões, cujo principal valor é o relacionamento” e sobre a dor de cotovelo virtual é enfático “tais desconfianças existem, mas devem ser controladas… Deve-se prestar atenção, primeiramente, nos seus próprios atos e depois reparar nas atitudes alheias”. Setzer acredita que essa tal liberdade que a Internet proporciona “parece maravilhosa, e deveria levar a uma maior responsabilidade e consciência. Mas temos dúvida se ela já é adequada à nossa constituição humana presente”.

Bem... Compartilhe conosco o que pensa sobre tudo isso, ok? Comente!!!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Gaiola das Loucas, últimos dias em São Paulo

"A gente se vê no Teatro" é uma frase bem conhecida, você inclusive já deve ter ouvido ou lido por aí. Sem dúvida nenhuma, "Gaiola das Loucas" é um belíssimo espetáculo! O Teatro Bradesco apresenta a peça, com a casa sempre cheia e todos aplaudem muito, inclusive cenas de carinho e beijo na boca entre atores homens, isto mesmo, beijo na boca entre dois homens é uma cena que se repete muitas vezes, mas no teatro pode, não é mesmo? Principalmente quando os atores são, nada mais, nada menos, que dois nomes de grande peso da dramaturgia brasileira: Miguel Falabella e Diogo Vilela.

O espetáculo é uma versão brasileira da peça La Cage aux Folles, que foi apresentada em 1983 na Broadway, foi tema de filme em 1996 e podemos com muita propriedade afirmar: o texto parece que saiu do forno agora! Georges, interpretado por Falabella é o dono da Gaiola das Loucas, um luxuoso cabaré que tem Zazá, interpretada por Vilela, como estrela. Fora do palco, Zazá é Albin, companheiro de Georges há 20 anos e que ajudou a criar seu filho Jean Michel, interpretado por Davi Guilherme. Por ironia do destino, Jean Michel vai se casar com a filha de um político homofóbico.

É uma comédia, mas com momentos de muita emoção, tratando a temática da homossexualidade e também da homofobia com muito bom humor e sensibilidade, arrancando aplausos e suspiros da platéia, muito apropriado por sinal, num momento em que atos homofóbicos ganham cada vez mais visibilidade na mídia. Segundo Irineu Ramos, autor do livro "A TV no Armário", a violência contra homossexuais sempre existiu e "agora, as pessoas estão tendo coragem de denunciar", constata o consultor do quadro "Sexualidade é Notícia", do Programa "Affair com Você".

Já mencionamos aqui anteriormente, "a arte imita a vida" e a polêmica do momento é o "kit combate à homofobia", que será distribuído nas escolas públicas a partir de 2011. Você pensa que "Gaiola das Loucas" é só uma peça de Teatro? Em 14 de dezembro, o Portal IG publicou o seguinte: "Vídeo que trata de homofobia a adolescentes gera ira de deputado". Abaixo, postamos o vídeo em que mostra a ira de tal deputado, discursando na Câmara dos Deputados e salientamos alguns trechos do seu discurso sobre este kit: "é um estímulo ao homossexualismo, um incentivo à promiscuidade" e mais, "essa história de homofobia é uma história de cobertura para aliciar a garotada, especialmente o que eles (se referindo ao movimento LGBT) acham que tem tendências homossexuais".


Enquanto alguns utilizam a violência física como expressão da homofobia, outros utlizam a violência em forma de discurso. Em entrevista ao Portal IG, a Profª Drª Cláudia Bonfim, pesquisadora da UNICAMP, ressalta a importância do tema diversidade sexual nos currículos e sobre o tal kit que o nobre deputado critica, ela faz também uma crítica "não há um material sequer sobre o tema".

A expressão da homofobia também pode vir em forma de discurso! É um absurdo perceber onde chegamos com a ignorância, pois creditamos estas ações à falta de conhecimento sobre o assunto e também a uma posição reativa, inadequada a quem ostenta um título público.

sábado, 11 de dezembro de 2010

A fé não costuma falhar! por Graça Margarete S. Tessarioli

Nessa época do ano é comum as pessoas desejarem "Feliz Natal e um próspero Ano Novo", o que é muito bom! Porém, elas desejam com fé? Quem recebe estes votos, deseja ser próspero de verdade? Será que temos fé, o suficiente, para atingir a tal prosperidade? Apenas desejar não basta! Segundo Santo Agostinho, "a fé é tão necessária para a vida como a raiz é para a árvore".

Há três aspectos fundamentais que influenciam o nosso desenvolvimento: o biológico, o psicológico e o social. É possível que algumas pessoas não saibam como prosperar. Independentemente da análise que se faça, é na família que se inicia a construção das expectativas sobre os filhos. Assim, dizer que um é preguiçoso e o outro é inteligente é o mesmo que traçar os roteiros que serão incorporados e vivenciados por estes filhos. Podemos efetivamente assumir o roteiro que nos foi imposto ou simplesmente rejeitá-lo, mas em ambos os casos a busca pelo sucesso ou aceitação do fracasso é interna, como agimos diante das cobranças do mundo externo é um aprendizado que construímos dentro nós.

Aprendemos a ter fé em coisas ou em pessoas. Isto nos ajuda a caminhar e esperar por dias melhores, fato que alimenta ainda mais a esperança. Porém, aprender a ter fé, principalmente em si mesmo, é um exercício constante. A autoconfiança também é aprendida. Quando encontramos pessoas que nos enchem de esperança e nos mostram versões positivas de nós mesmos, esta autoconfiança, esta fé em si mesmo surge com força dentro de nós.

Um exemplo desta autoconfiança aprendida é a história real que virou filme. Em “Dois filhos de Francisco”, o pai, Francisco Camargo, alimentou a força interior de dois de seus filhos a se tornarem uma das duplas sertanejas de maior sucesso da história música brasileira, Zezé Di Camargo & Luciano, mesmo convivendo e enfrentando todas as adversidades do mundo, eles conseguiram chegar onde chegaram.

Neste sentido, ter confiança e acreditar em si mesmo é fundamental em todos os âmbitos da vida, mesmo diante das adversidades é necessário ter fé nas nossas convicções. Ter nossas próprias convicções faz toda a diferença nestas horas. O empenho é sempre maior. O outro ajuda nestas horas, mas tudo passa pelo mundo interno, lembra? Devemos ter objetivos claros e desenvolver estratégias para alcançarmos com êxito os nossos ideais.

Assim, progredir, viver na prosperidade, é uma busca constante que muitas vezes dura uma vida inteira, pois o fato de imaginarmos que todos podem obter o sucesso não é real, não basta apenas trabalhar com afinco, pois não é condição suficiente para a prosperidade, não é só materialmente que se é próspero. Em qualquer empreitada há altos e baixos, ou seja, vitórias e fracassos. O que não podemos é desistir dos nossos ideais, pois é isto que nos torna vivos.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Seminário sobre Sexualidade

O Seminário sobre Sexualidade que aconteceu no stand do programa “Affair com você”, de 24 a 27 de outubro em Gramado - Rio Grande do Sul, contou com vários temas que estaremos postando em breve. Neste momento, postamos a participação e entrevista realizada com a Psic. Lúcia Pesca, terapeuta sexual e psicoterapeuta de casais e família & Psic Andréa P. Alves, psicoterapeuta de casais e família.
                     

Palestras apresentadas:
1. Bens eróticos e os problemas sexuais. O que usar?
2. Brinquedos eróticos para estimular a fantasia e novas formas de prazer.